O executivo caminhense está contra a introdução das portagens na A28, troço Viana do Castelo – Caminha, a partir do próximo dia 15 de Abril e vai tomar posições. Isso mesmo foi dito pelo vice–presidente Flamiano Martins, que assegurou que o Município vai promover uma série de iniciativas para sensibilizar o Governo.
“Vamos elaborar uma petição a solicitar a suspensão e revisão da implementação das portagens na A28 entre Caminha e Viana do Castelo e solicitar reuniões com a tutela e com as bancadas parlamentares”, comunicou o vice-presidente na reunião de Câmara. Flamiano Martins relembrou que a Câmara tem alertado para as consequências da implementação das portagens na A28 e de pouco adiantou. “Foram muitas as vozes de protesto e os alertas para as dificuldades que esta medida traria para a região norte”, argumentou.
O vice-presidente da Câmara foi peremptório ao afirmar que a cobrança de portagens é prejudicial para todos, nomeadamente para o Município de Caminha. “Estamos profundamente preocupados. Esta é, por ventura, a pior medida com que a nossa região se vê confrontada. Afecta o turismo, diminui a atracção de investimentos e a criação de emprego, diminui a competitividade das nossas empresas, promove a desigualdade territorial e o desemprego”, disse.
Flamiano Martins considerou que a introdução das portagens prejudica o Turismo, pois faz com que o número de pessoas que visitam o concelho de Caminha a região Norte diminua. Prejudica também os estudantes do concelho que vão estudar para os grandes centros urbanos e os trabalhadores por conta própria que vêem as despesas em transportes aumentadas. E, mais grave ainda vai prejudicar as empresas cujos funcionários, cargas e mercadorias se deslocam com regularidade por estas vias.
O vice-presidente do Município referiu também que “o Alto Minho continua num nível abaixo da média do resto do país, temos um baixo desenvolvimento económico, uma taxa de desemprego crescente e estamos condenados ao pagamento de portagens em todas as principais vias de acesso”. A implementação de portagens no troço entre Viana do Castelo e Caminha vai “agravar ainda mais a situação”.
Razão pela qual o executivo caminhense diz não compreender, nem aceitar esta medida. “Por um lado, o Estado e o Município investem milhões de euros na requalificação das frentes ribeirinhas, através do projecto Polis Litoral Norte, mas por outro vai cobrar dinheiro para circular na auto-estrada, empurrando assim os camiões novamente para as estradas nacionais, para junto dos paredões, das ecovias e dos espaços verdes”, afirmou o vice-presidente da Câmara.
“Mais uma vez, o Município sai prejudicado. Sempre defendemos o acesso da A28 entre Vilar de Mouros e Argela para potenciar a criação de um pólo industrial no interior do Concelho, de resto, já previsto em PDM e com parte do financiamento garantido. Ainda não está em funcionamento e já sofre este duro revés: a obrigatoriedade de pagamento de portagens na entrada e saída do Parque. Mais uma vez, não é justo. Não é coerente. É o Concelho de Caminha que sai gravemente prejudicado” mencionou Flamiano Martins.
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