Nova igreja do Senhor do Socorro abre portas este domingo em Viana

A nova igreja da Paróquia do Senhor do Socorro, em Viana do Castelo, abre este domingo ao culto, com a celebração da primeira missa. Esta igreja substitui a que funcionou "provisoriamente" durante 40 anos e que chegou a um estado de "completa degradação, toda carcomida pelo bicho", afirma fonte diocesana citada pela agência Lusa. 
"Essa igreja foi inicialmente concebida para desenrascar durante cinco ou seis anos, mas acabou por servir de local de culto durante quatro décadas", adiantou. 

Além de ter capacidade para apenas 100 pessoas, o velho templo tinha ainda o inconveniente de ocupar metade da estrada que ali passa, inviabilizando o cruzamento de um automóvel por outro. 

A velha igreja fechou em 2009 e foi demolida. 

No mesmo local, foi erigida a nova, com capacidade para 175 pessoas, podendo o número de lugares duplicar, com a utilização de parte do futuro centro paroquial, que também faz parte do projecto mas que ainda não está concluído. 

Para financiar a obra, a paróquia angariou 400 mil euros, através de donativos de fiéis e empresas, não tendo o Estado entrado "com um único cêntimo", o que obrigou à contracção de um empréstimo bancário para financiar a fatia restante. 

A Paróquia de Nosso Senhor do Socorro situa-se nos limites de Areosa e Monserrate, freguesias urbanas de Viana do Castelo, servindo uma população estimada em cerca de cinco mil pessoas.

Alto Minho sem resposta para casos de doença mental


Vinte e quatro camas de uma Unidade de Internamento do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental no hospital da Viana do Castelo são actualmente a única resposta existente em termos de saúde mental no Alto Minho.

A abertura, em princípio, no próximo mês de Setembro do antigo hospital da Gelfa, no concelho de Caminha, como Unidade de Longa Duração e Manutenção com 41 camas, mas da rede geral de Cuidados Continuados, sob a responsabilidade do Instituto S. João de Deus (ISJD), pode ser encarada como um primeiro sinal do que pode vir a acontecer no futuro em termos de respostas, hoje inexistentes, para casos de Saúde Mental. Segundo Luís Daniel Fernandes, director da Casa de Saúde de S. José (uma das estruturas do ISJD em Barcelos), a instituição aguarda apenas "a nova regulamentação da rede nacional de cuidados continuados de saúde mental" para devolver à Gelfa a sua antiga vocação.
"É nossa vontade avançar para a área das demências pela proximidade da nossa actuação e pela necessidade que o distrito de Viana do Castelo tem nessas unidades especializadas. Não há resposta alguma, o que infelizmente é um bocado a característica de todo o país", refere este responsável.
As casas de saúde de S. José e S. João de Deus em Barcelos, pertencentes ao ISJD, são actualmente a principal resposta no que toca a internamento de homens oriundos da região do Alto Minho. No que toca a mulheres, a unidade de acolhimento é a Casa de Saúde do Bom Jesus, em Nogueiró (Braga).
"Infelizmente com o desaparecimento da unidade de saúde da Gelfa, o distrito ficou um bocado órfão", comenta Luís Fernandes.
Além da reactivação da Gelfa no final do Verão, sendo que até lá o edifício será sujeito a obras no valor de dois milhões de euros, o ISJD tem na forja outros dois projectos para o Alto Minho. Numa quinta localizada em pleno centro da cidade de Viana prevê instalar uma unidade com 50 camas e três valências: Média Duração e Reabilitação, Longa Duração e Cuidados Paliativos. O projecto, a financiar através do Programa Modular, garante Fernandes, teve já "a aceitação da ARS Norte e da Unidade de Missão". Para Ponte de Lima, o ISJD terá projectada uma unidade de Reabilitação Psicosocial, que poderá constituir uma experiência-piloto no âmbito da nova rede de saúde mental.
Ao JN Filomena Cardoso, vogal do Conselho Directivo da ARS Norte, admitiu: "As respostas na área da saúde mental não são muitas, porque também a rede da Saúde Mental tem vindo a sofrer várias alterações e aquilo que era esperado era que os doentes fossem o menos desinseridos do seu núcleo familiar.
Acreditamos que agora com a nova regulamentação da rede e até com algumas experiências piloto que poderão vir a acontecer se possa depois ir criando mais oferta".
Entretanto, uma instituição privada poderá de futuro preencher essa lacuna, criando um gabinete de apoio.