O tabuleiro rodoviário da ponte Eiffel de Viana do Castelo, que reabriu há 2 anos e 3 meses, após obras orçadas em 8 milhões e 6oo mil euros, esteve hoje com trânsito condicionado, para estudo dos problemas do piso. 
Desde aquelas obras, que implicaram o corte na circulação durante 21 meses, o tabuleiro rodoviário já esteve por diversas vezes com trânsito cortado ou condicionado, por causa de problemas relacionados com o pavimento, que se apresenta escorregadio e constantemente descascado. 
Segundo o porta-voz da comissão de utentes da ponte, Rocha Neves, “alguma coisa falhou na escolha do piso”, uma vez que “volta e meia ele aparece descascado, com o ferro à mostra”. 
Hoje, durante 4 horas, o trânsito voltou a estar condicionado, para realização de ensaios por especialistas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e da Refer, de forma a avaliar as patologias do pavimento. 
O objectivo é encontrar uma explicação para a rápida degradação do piso e uma solução para o problema, que a Faculdade de Engenharia deverá apresentar até ao final do primeiro semestre deste ano.
A ponte tem 132 anos e é atravessada diariamente por cerca de 12 mil e 500 viaturas.

Trabalhadores da APPACDM com salários em atraso

Os 420 trabalhadores da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de de Viana do Castelo estão a viver dias difíceis. Estão com os salários em atraso.

O director da instituição, Manuel Domingos, desdramatiza a situação, que até ontem ainda não se encontrava regularizada, e justifica-a com a não liquidação, por parte do Estado, de transferências no montante de mais de 200 mil euro. 
A APPACDM possui estruturas em praticamente todos os concelhos do distrito de Viana do Castelo. A falha no pagamento dos salários do último mês de 2010 atinge funcionários da quase totalidade dos sectores. Entretanto, alguns já receberam, o que, de acordo com Manuel Domingos, é um garante de que a situação deverá ser regularizada em breve. 
A APPACDM de Viana do Castelo diz estar a aguardar por transferências do Estado no montante de mais de duzentos mil euros para pagar os salários em atraso. Há 420 trabalhadores da instituição em todo o distrito preocupados com a falta de pagamento do salário de Dezembro. 
Se a situação não for regularizada em breve, a União de Sindicatos de Viana do Castelo promete intervir. 

Regresso do Gil Eannes deu-se à 13 anos

A Fundação Gil Eannes vai assinalar, na próxima segunda-feira (31 de Janeiro) o 13º aniversário do regresso do Navio Hospital Gil Eannes a Viana do Castelo. A efeméride vai ser assinalada com um programa que integra uma pequena ilustração teatral, uma palestra e a inauguração de duas exposições.

A comemoração do aniversário começa pelas 21h30 com uma ilustração teatral pelo Centro Dramático de Viana denominada “Vindos dos Mares do Fim do Mundo”, seguindo-se a palestra “Bernardo Santareno, entre o Céu e o Inferno” proferida por Vicente Batalha, presidente do Instituto Bernardo Santareno. Para finalizar, serão abertas as exposições “Bernardo Santareno pseudónimo e antónimo Martinho do Rosário: vida e obra” e “A Pesca do Bacalhau: navios bacalhoeiros de Viana do Castelo – Santa Maria Manuela”.
A História:
O Navio Gil Eannes foi construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo em 1955 tendo como missão apoiar a frota bacalhoeira nos mares da Terra Nova e Gronelândia. Embora a sua principal função fosse prestar assistência hospitalar a pescadores e tripulantes, o Gil Eannes foi também navio capitania, navio correio, navio rebocador e quebra-gelos, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.
Depois de cessar a sua actividade em 1984, teve vários proprietários e usos até que, em 1997, foi vendido a um sucateiro para abate, quando já estava profundamente degradado. Foi, nessa altura, que a Câmara Municipal de Viana do Castelo decidiu mobilizar a comunidade para o trazer para a cidade onde nascera, resgatando-o à sucata para ser exposto em Viana do Castelo como memória viva do passado marítimo e da construção naval da cidade e também do país.
Depois de uma enorme campanha que contou com o apoio de cidadãos de todos os grupos etários e sociais, de instituições e empresas, o navio-hospital regressou a Viana do Castelo em Janeiro de 1998, onde recebeu profundas obras de reabilitação nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Desde então, é propriedade da Fundação Gil Eannes e está fundeado na doca de Viana do Castelo como museu e também como original Pousada da Juventude flutuante com sessenta camas.

Alta tensão destrói centenas de aparelhos


De um momento para o outro, alarmes começaram a tocar e máquinas e lâmpadas a estourar, em Caminha. Um pico de alta tensão num posto de transformação terá sido o culpado. Há milhares de euros em prejuízos em equipamentos eléctricos.

Mais de uma centena de casas das freguesias de Seixas e Lanhelas, em Caminha, foram afectadas por uma alta de tensão, que subiu de 220 para 380 volts, pelas 10 horas de segunda-feira, causando prejuízos elevados em diversos equipamentos e que os moradores ainda estão a quantificar.
O problema terá surgido num Posto de Transformação (PT) da EDP, no lugar da Rabusca, em Seixas, e que a empresa classificou como uma "avaria", sem precisar os motivos. As reclamações vão sendo apresentadas à EDP à medida que os afectados reúnem os dados dos prejuízos em electrodomésticos, equipamentos informáticos, entre outras máquinas.
Os lugares de S. Sebastião e Rabusca, a Norte de Seixas, densamente povoados, e o caminho de Rabadas, em Lanhelas, abastecidos pelo PT, receberam o impacto maior da subida de tensão.
Segundo um morador de S. Sebastião, desde a uma da madrugada de segunda-feira que o sistema de alarme da sua habitação começou a disparar sem que constatasse algum motivo, recomeçando a soar sempre que o desligava. De manhã, verificou que a caldeira de aquecimento estava avariada.
Num vizinho, por altura do pico da corrente, "as lâmpadas começaram a faiscar e rebentar, sentindo-se um cheiro a queimado" dos três televisores, frigorífico, aspirador e microondas.

Maria José Machado, moradora na Rabusca, só deu pelas avarias ao final da tarde nesse dia: "Tinha a máquina de lavar a roupa a trabalhar em seco, sem que a tivesse ligado", além de que microondas e televisor também se encontravam avariados, tendo ainda sido forçada a pedir ajuda porque o portão automático da garagem deixou de funcionar.
"Com é que vou investir tanto dinheiro para substituir os aparelhos danificados, nomeadamente a máquina de lavar, que faz imensa falta?", interrogava-se aquela mãe de dois filhos, ainda perplexa com o que lhe tinha sucedido.
Na residencial O Forno, situada em S. Sebastião,  José Carlos Maia, proprietário, referiu que ficou sem "oito televisores, dois computadores, impressoras, máquina de lavar, etc". "Estourou tudo, foi um susto enorme", disse o industrial de hotelaria, que estima o prejuízo acima dos dois mil euros, além de estar impossibilitado de exercer a sua actividade.
"Foi instantâneo e não deu hipóteses de fazer nada", lamentou-se Américo Rodrigues Alves, morador no bairro da Rabusca. Ficou sem três televisores, caldeira da cozinha, máquina de lavar, leitor de DVD, aparelhos para a televisão digital terrestre, entre outros equipamentos. Adiantou que "só para a placa da caldeira são 400 euros, mais uns 600 para a reparar e, se não tiver conserto, não chegam 1200 euros para comprar uma nova". Na sua opinião, "a corrente eléctrica entrou pelo neutro e não pelo positivo", causando a subida de tensão e os consequentes estragos.
Há também relatos de avarias em máquinas de obras em Seixas e Lanhelas (caminho da Rabada), e em prédios junto à EN 13.