Gabinete para crianças autistas não arranca por falta de doentes

A ideia era criar um gabinete de apoio a crianças autistas, nas escolas de Monção. Porém, quando estava prestes a dar o primeiro passo, a Câmara esbarrou com um obstáculo: do mínimo de cinco, só conseguiu contabilizar dois casos. E o gabinete não abre.

A criação de um gabinete de apoio especializado a crianças autistas em Monção está pendente, desde o início do ano lectivo, por causa da inexistência de utentes em número suficiente para a sua entrada em funcionamento.
Segundo o vereador da Educação, Augusto Domingues, a unidade estará prevista para a Escola Básica 1 de Pias, mas, após o rastreio efectuado pelo município para reunir um mínimo de cinco crianças com essa problemática, constatou-se que no concelho apenas estarão sinalizados dois casos. Face a essa situaçãom a câmara ainda decidiu rastrear concelhos vizinhos mas sem êxito.
"Se houvesse utentes, o gabinete já seria uma realidade. Fomos notificados pelo Ministério da Educação para criar a unidade mas, quando começámos a rastrear, constatámos que não havia o número suficiente de alunos exigido. Tentámos nos concelhos ao lado, porque era possível ir buscar as crianças e concentrá-las em Pias, na EB1, mas não conseguimos as crianças suficientes para a manter em funcionamento", refere Augusto Domingues, adiantando que as crianças com autismo referenciadas em Monção terão "rectaguarda escolar" na EB1 José Pinheiro Gonçalves.
O vereador anunciou também que a câmara irá dispobilizar voluntários do Banco de Voluntariado, criado em finais de 2010, para prestar apoio a Marco, o menino de Lapela, cujos pais estão a submeter a um método terapeutico inovador francês para o retirar do autismo.