Ponte da Barca vai ter novo campo de futebol

O campo de futebol que serve a população do município de Ponte da Barca está a ser alvo de uma profunda transformação. Os atletas que o utilizam vão deixar de jogar em terra batida e vão passar a contar com relvado, balneários e novas bancadas. Uma obra avaliada em 1 milhão e 300 mil euros. 
O autarca local, Vassalo Abreu, já assinou o contrato-programa da empreitada, mas faz agora contas à vida para saber onde vai arranjar os 600 mil euros que a autarquia tem de avançar para que a obra não pare. A construção, que está agora na primeira fase, já leva alguns atrasos.

Chove nas Escolas de Barroselas

Pais e encarregados de educação da escola secundária de Barroselas, em Viana do Castelo, manifestam-se, amanhã, pela realização de obras "de fundo" no estabelecimento, onde afirmam que "chove tanto como na rua". Escola diz que "há muito" denuncia a situação.

Tectos repletos de humidade, revestimentos desprendidos pela água e paredes manchadas pela chuva que por elas escorre. Sobram queixas e faltam soluções para os problemas este mês denunciados pelos alunos, mas sentidos por docentes e funcionários.
O protesto dos alunos (no passado dia sete) levaria a que a tutela avançasse, de imediato, com obras entendidas pela associação de pais como "de remedeio", reivindicando aquela estrutura por intervenção "de fundo". Por isso, pais e encarregados de educação saem, amanhã, à rua, ligando o protesto o Campo da Agonia ao Governo Civil.
"As obras que decorrem na escola - iniciadas no passado dia 21 e estimadas em 6000 euros - não põem, de modo algum, fim aos problemas. Poderão, apenas, minorá-los. Mas esta não é situação que se resolva com remedeios. Queremos que os edifícios da escola não metam água e que não sejam gélidos para os nossos filhos", esgrime o presidente da associação, Armando Dias, que se referiu aos trabalhos já iniciados como "a maior intervenção" realizada no estabelecimento desde a sua construção, há 27 anos. "Em suma, esta escola nunca sofreu obras que possam ser chamadas por esse nome", assinala.
A presidente do Conselho Executivo do estabelecimento, Rosa Cruz, não discorda que esta se apresente como a maior intervenção aí realizada. Dando conta que a escola denuncia a situação "há imenso tempo", disse que a resposta avançada pela tutela - que enviou técnicos para aferir da situação no próprio dia do protesto dos alunos - "não seria a que pretendíamos, mas queremos que estes trabalhos sejam feitos, de modo a manter a escola em funcionamento até que seja sujeita a obras de fundo".
Prometidas para a escola, que comporta mais de 700 alunos, está uma intervenção de fundo inserida na denominada "Fase 4 da Parque Escolar", fase esta que o próprio Executivo da escola afirma desconhecer quando arrancará. "Queremos que sejam explicados tanto os prazos como os projectos", reitera Armando Dias.
Na escola, o pavilhão polivalente (que alberga a cozinha, o refeitório e um espaço de convívio) e um bloco de salas de aula (maioritariamente ocupado por alunos do 3º Ciclo) apresentam-se, para Rosa Cruz, como os "pontos mais críticos". "Ainda há pouco, a chuva formava uma cortina de água no refeitório, que teve, por isso, de ser encerrado", recorda, afiançando que o estabelecimento "não tem dinheiro" para pôr os poucos radiadores (eléctricos) que funcionam a trabalhar: "Passa-se frio, é verdade. Mas não temos outro remédio".

O tabuleiro rodoviário da ponte Eiffel de Viana do Castelo, que reabriu há 2 anos e 3 meses, após obras orçadas em 8 milhões e 6oo mil euros, esteve hoje com trânsito condicionado, para estudo dos problemas do piso. 
Desde aquelas obras, que implicaram o corte na circulação durante 21 meses, o tabuleiro rodoviário já esteve por diversas vezes com trânsito cortado ou condicionado, por causa de problemas relacionados com o pavimento, que se apresenta escorregadio e constantemente descascado. 
Segundo o porta-voz da comissão de utentes da ponte, Rocha Neves, “alguma coisa falhou na escolha do piso”, uma vez que “volta e meia ele aparece descascado, com o ferro à mostra”. 
Hoje, durante 4 horas, o trânsito voltou a estar condicionado, para realização de ensaios por especialistas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e da Refer, de forma a avaliar as patologias do pavimento. 
O objectivo é encontrar uma explicação para a rápida degradação do piso e uma solução para o problema, que a Faculdade de Engenharia deverá apresentar até ao final do primeiro semestre deste ano.
A ponte tem 132 anos e é atravessada diariamente por cerca de 12 mil e 500 viaturas.

Trabalhadores da APPACDM com salários em atraso

Os 420 trabalhadores da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de de Viana do Castelo estão a viver dias difíceis. Estão com os salários em atraso.

O director da instituição, Manuel Domingos, desdramatiza a situação, que até ontem ainda não se encontrava regularizada, e justifica-a com a não liquidação, por parte do Estado, de transferências no montante de mais de 200 mil euro. 
A APPACDM possui estruturas em praticamente todos os concelhos do distrito de Viana do Castelo. A falha no pagamento dos salários do último mês de 2010 atinge funcionários da quase totalidade dos sectores. Entretanto, alguns já receberam, o que, de acordo com Manuel Domingos, é um garante de que a situação deverá ser regularizada em breve. 
A APPACDM de Viana do Castelo diz estar a aguardar por transferências do Estado no montante de mais de duzentos mil euros para pagar os salários em atraso. Há 420 trabalhadores da instituição em todo o distrito preocupados com a falta de pagamento do salário de Dezembro. 
Se a situação não for regularizada em breve, a União de Sindicatos de Viana do Castelo promete intervir. 

Regresso do Gil Eannes deu-se à 13 anos

A Fundação Gil Eannes vai assinalar, na próxima segunda-feira (31 de Janeiro) o 13º aniversário do regresso do Navio Hospital Gil Eannes a Viana do Castelo. A efeméride vai ser assinalada com um programa que integra uma pequena ilustração teatral, uma palestra e a inauguração de duas exposições.

A comemoração do aniversário começa pelas 21h30 com uma ilustração teatral pelo Centro Dramático de Viana denominada “Vindos dos Mares do Fim do Mundo”, seguindo-se a palestra “Bernardo Santareno, entre o Céu e o Inferno” proferida por Vicente Batalha, presidente do Instituto Bernardo Santareno. Para finalizar, serão abertas as exposições “Bernardo Santareno pseudónimo e antónimo Martinho do Rosário: vida e obra” e “A Pesca do Bacalhau: navios bacalhoeiros de Viana do Castelo – Santa Maria Manuela”.
A História:
O Navio Gil Eannes foi construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo em 1955 tendo como missão apoiar a frota bacalhoeira nos mares da Terra Nova e Gronelândia. Embora a sua principal função fosse prestar assistência hospitalar a pescadores e tripulantes, o Gil Eannes foi também navio capitania, navio correio, navio rebocador e quebra-gelos, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.
Depois de cessar a sua actividade em 1984, teve vários proprietários e usos até que, em 1997, foi vendido a um sucateiro para abate, quando já estava profundamente degradado. Foi, nessa altura, que a Câmara Municipal de Viana do Castelo decidiu mobilizar a comunidade para o trazer para a cidade onde nascera, resgatando-o à sucata para ser exposto em Viana do Castelo como memória viva do passado marítimo e da construção naval da cidade e também do país.
Depois de uma enorme campanha que contou com o apoio de cidadãos de todos os grupos etários e sociais, de instituições e empresas, o navio-hospital regressou a Viana do Castelo em Janeiro de 1998, onde recebeu profundas obras de reabilitação nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Desde então, é propriedade da Fundação Gil Eannes e está fundeado na doca de Viana do Castelo como museu e também como original Pousada da Juventude flutuante com sessenta camas.

Alta tensão destrói centenas de aparelhos


De um momento para o outro, alarmes começaram a tocar e máquinas e lâmpadas a estourar, em Caminha. Um pico de alta tensão num posto de transformação terá sido o culpado. Há milhares de euros em prejuízos em equipamentos eléctricos.

Mais de uma centena de casas das freguesias de Seixas e Lanhelas, em Caminha, foram afectadas por uma alta de tensão, que subiu de 220 para 380 volts, pelas 10 horas de segunda-feira, causando prejuízos elevados em diversos equipamentos e que os moradores ainda estão a quantificar.
O problema terá surgido num Posto de Transformação (PT) da EDP, no lugar da Rabusca, em Seixas, e que a empresa classificou como uma "avaria", sem precisar os motivos. As reclamações vão sendo apresentadas à EDP à medida que os afectados reúnem os dados dos prejuízos em electrodomésticos, equipamentos informáticos, entre outras máquinas.
Os lugares de S. Sebastião e Rabusca, a Norte de Seixas, densamente povoados, e o caminho de Rabadas, em Lanhelas, abastecidos pelo PT, receberam o impacto maior da subida de tensão.
Segundo um morador de S. Sebastião, desde a uma da madrugada de segunda-feira que o sistema de alarme da sua habitação começou a disparar sem que constatasse algum motivo, recomeçando a soar sempre que o desligava. De manhã, verificou que a caldeira de aquecimento estava avariada.
Num vizinho, por altura do pico da corrente, "as lâmpadas começaram a faiscar e rebentar, sentindo-se um cheiro a queimado" dos três televisores, frigorífico, aspirador e microondas.

Maria José Machado, moradora na Rabusca, só deu pelas avarias ao final da tarde nesse dia: "Tinha a máquina de lavar a roupa a trabalhar em seco, sem que a tivesse ligado", além de que microondas e televisor também se encontravam avariados, tendo ainda sido forçada a pedir ajuda porque o portão automático da garagem deixou de funcionar.
"Com é que vou investir tanto dinheiro para substituir os aparelhos danificados, nomeadamente a máquina de lavar, que faz imensa falta?", interrogava-se aquela mãe de dois filhos, ainda perplexa com o que lhe tinha sucedido.
Na residencial O Forno, situada em S. Sebastião,  José Carlos Maia, proprietário, referiu que ficou sem "oito televisores, dois computadores, impressoras, máquina de lavar, etc". "Estourou tudo, foi um susto enorme", disse o industrial de hotelaria, que estima o prejuízo acima dos dois mil euros, além de estar impossibilitado de exercer a sua actividade.
"Foi instantâneo e não deu hipóteses de fazer nada", lamentou-se Américo Rodrigues Alves, morador no bairro da Rabusca. Ficou sem três televisores, caldeira da cozinha, máquina de lavar, leitor de DVD, aparelhos para a televisão digital terrestre, entre outros equipamentos. Adiantou que "só para a placa da caldeira são 400 euros, mais uns 600 para a reparar e, se não tiver conserto, não chegam 1200 euros para comprar uma nova". Na sua opinião, "a corrente eléctrica entrou pelo neutro e não pelo positivo", causando a subida de tensão e os consequentes estragos.
Há também relatos de avarias em máquinas de obras em Seixas e Lanhelas (caminho da Rabada), e em prédios junto à EN 13.

Câmara aprova protocolos para transferir 1,5 milhões de euros para as freguesias

A Câmara Municipal vai assinar protocolos de colaboração com as quarenta freguesias do concelho no valor total de cerca de 1.5 milhões de euros, a entregar mensalmente. Em causa estão diversos melhoramentos da iniciativa das freguesias e a limpeza de caminhos municipais e permitem às freguesias avançar com investimentos próprios.
Os protocolos de colaboração destinam-se a transferências financeiras mensais para a qualificação de espaços públicos e infra-estruturas e melhoramentos diversos. Em causa estão também iniciativas como gestão e conservação de espaços públicos, a beneficiação de infra-estruturas e equipamentos na área do centro cívico da freguesia e a conservação da sinalização de sinalização das freguesias.
A Câmara Municipal aprovou também protocolos de colaboração com as Juntas de Freguesia mediante a transferência pontual de meios financeiros, no âmbito da colaboração técnico-financeira que o Município de Viana do Castelo tem vindo a desenvolver. Na última reunião de câmara, foram aprovados protocolos no valor total 135 mil euros destinados à capela mortuária de Vila Mou, Rua da Caldeira em Nogueira, infra-estruturas no Lugar de Moldes (Primeira Fase) em Castelo de Neiva, consolidação de um canal na Rua do Pinheiro na freguesia de Carreço, reparação de vias devido às recentes intempéries em Carvoeiro e para um muro de suporte na Bessa (Meadela).

Negligência Hospitalar

A família de um homem de 50 anos, que morreu no Hospital de Viana do Castelo, em Outubro, apresentou uma queixa, por alegada negligência, na unidade de saúde e no Ministério Público e diz que nunca foi informada que o familiar poderia vir a falecer.



José Manuel Miranda, de 50 anos, a quem fora há anos diagnosticada uma cirrose hepática, viria a falecer, a 9 de Outubro, no Hospital de Viana do Castelo, onde estava internado desde Agosto. Desde então que a família se desdobra em esforços para cumprir "a última vontade" de José Miranda: "denunciar a situação de que foi alvo, para que tal nunca mais aconteça. A ninguém".
"Nunca nos disseram que ele poderia morrer dessa doença. Nunca. É isso o que mais nos revolta", insurge-se Paulo Pereira, que, a exemplo do resto da família, aponta o dedo ao clínico e hospital (de Viana do Castelo) que acompanhavam o caso.
Emocionada, a viúva, Isabel Miranda, assinala que a família pedira "por inúmeras vezes" para que o marido fosse transferido para o Hospital de Santo António (unidade de referência na Região Norte para os transplantes): "Chegámos a entrar em contacto com o hospital (de Santo António), que nos disse que o processo não se encontrava ali".
Segundo a família, José Miranda viria a realizar, em Setembro, "e após diversos pedidos", um conjunto de exames para averiguar se reunia, então, as condições necessárias para ser inserido na Rede Nacional de Colheita e Transplantação. Os resultados impossibilitariam a entrada ao utente, que, pouco mais de 20 dias depois, viria a morrer. De acordo com Isabel Miranda, a revolta da família aumentou sobremaneira com "a falta de assistência" a que foi votado o marido, na noite que precedeu a sua morte.
Sobre a questão, o hospital disse, apenas, que foi aberto um processo de averiguações e que a família de José Miranda "será devidamente informada". A situação foi já participada ao Ministério Público, solicitando a família pela abertura de um inquérito à morte de José Miranda.

Gabinete para crianças autistas não arranca por falta de doentes

A ideia era criar um gabinete de apoio a crianças autistas, nas escolas de Monção. Porém, quando estava prestes a dar o primeiro passo, a Câmara esbarrou com um obstáculo: do mínimo de cinco, só conseguiu contabilizar dois casos. E o gabinete não abre.

A criação de um gabinete de apoio especializado a crianças autistas em Monção está pendente, desde o início do ano lectivo, por causa da inexistência de utentes em número suficiente para a sua entrada em funcionamento.
Segundo o vereador da Educação, Augusto Domingues, a unidade estará prevista para a Escola Básica 1 de Pias, mas, após o rastreio efectuado pelo município para reunir um mínimo de cinco crianças com essa problemática, constatou-se que no concelho apenas estarão sinalizados dois casos. Face a essa situaçãom a câmara ainda decidiu rastrear concelhos vizinhos mas sem êxito.
"Se houvesse utentes, o gabinete já seria uma realidade. Fomos notificados pelo Ministério da Educação para criar a unidade mas, quando começámos a rastrear, constatámos que não havia o número suficiente de alunos exigido. Tentámos nos concelhos ao lado, porque era possível ir buscar as crianças e concentrá-las em Pias, na EB1, mas não conseguimos as crianças suficientes para a manter em funcionamento", refere Augusto Domingues, adiantando que as crianças com autismo referenciadas em Monção terão "rectaguarda escolar" na EB1 José Pinheiro Gonçalves.
O vereador anunciou também que a câmara irá dispobilizar voluntários do Banco de Voluntariado, criado em finais de 2010, para prestar apoio a Marco, o menino de Lapela, cujos pais estão a submeter a um método terapeutico inovador francês para o retirar do autismo. 

Viana quer melhorar a linha do Minho com fundos do TGV

A Câmara de Viana do Castelo quer um investimento na linha do Minho com as verbas do TGV. Quem anda de comboio concorda devido, dizem, à diferença do serviço em relação a outras cidade, nomeadamente, ao nível de horários e da qualidade das carruagens.

"Há poucos horários, o que complica muito as deslocações", disse Maria de Lurdes, enquanto, aguardava na estação de Viana, a chegada do comboio. Utilizadora semanal do comboio, Maria de Lurdes aponta os principais problemas da Linha do Minho: "Os comboios são poucos e os horários têm pouca flexibilidade".
Uma das queixas de quem viaja para o Porto é de que nem sempre tem a garantia que o fará directamente, pois por vezes há transbordos em Nine (Famalicão). "Tento ir nos directos, mas quando mudo de comboio sinto uma grande diferença. As carruagens são mais modernas e confortáveis", aponta Carolina Rodrigues. Essas composições a que se refere são as da ligação entre Braga e Porto, uma linha que tem mais passageiros e viagens. "Acredito que se houvesse mais horários e condições, os comboios seriam mais usados", diz ainda.
Esses argumentos são partilhados pela autarquia vianense, que exige "a afectação das verbas não utilizadas na ligação da alta velocidade entre Porto e Vigo para a modernização e electrificação da Linha do Minho". "A electrificação vai potenciar o aumento da utilização da rede ferroviária, traduzindo-se em ganhos significativos na qualidade de vida e oportunidades para a população de Viana do Castelo e do Alto Minho", salientou o presidente da Câmara, José Maria Costa, numa solicitação efectuada ao ministro das Obras Públicas.
Para o edil, é "urgente" a modernização e electrificação da linha, dotando-a das características técnicas da restante infra-estrutura que suporta a rede de comboios urbanos da CP e para que os serviço seja alargado "com o mesmo grau de qualidade e fiabilidade" a Viana do Castelo e a Barcelos.
José Maria Costa recorda que a modernização da Linha do Minho está prevista no Plano de Investimentos da REFER na zona Norte e está referenciada como prioridade no Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte, sendo igualmente fundamental a integração de Viana do Castelo no "serviço de urbanos".
A tomada de posição do autarca surge das "dificuldades tornadas públicas para o arranque e financiamento da Linha de Alta Velocidade entre o Porto e Vigo, mas também da necessidade de modernizar a Linha do Minho".
Tendo em conta o tráfego e as zonas que atravessa, a Associação de Utentes dos Comboios de Portugal considera a linha "obsoleta em infra-estruturas e em material circulante". Rui Rocha, do núcleo da Linha do Minho daquela associação, considera ainda que, tal como está, a linha "não consegue ser alternativa ao automóvel".
"Havia medidas que poderiam ser aplicadas desde já para melhorar o funcionamento, como a melhoria dos horários, pois a maioria das viagens tem mudanças em Nine, o que obriga a que os passageiros fiquem, muitas vezes, à espera de ligação mais de 20 minutos", diz Rui Rocha, que quer também a melhoria das composições porque "avariam muito".
"A solução final passa claramente pela electrificação e duplicação da linha para evitar cruzamentos nas estações". Se tal acontecer, Rui Rocha não tem dúvidas de que o número de passageiros aumentará, dando o exemplo de Guimarães que, depois da alteração da linha, viu o tráfego crescer substancialmente.

Vigilante do Parque Nacional morre a caminho de casa


Vai, hoje, quarta-feira, a sepultar para o cemitério de Vilar de Suente, na vila do Soajo, em Arcos de Valdevez, o corpo de Adelino Cerqueira da Cunha, vigilante do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que perdeu a vida num acidente de moto, ocorrido na noite do passado domingo. Contava 46 anos.

De acordo com as autoridades, Adelino Cunha viria a ser encontrado, já sem vida, numa pequena ribanceira situada junto à Estrada Nacional 304, que liga o Mezio ao Soajo, numa zona serrana do concelho, suspeitando a GNR que o antigo vigilante se tenha despistado, vindo a embater nos rails de protecção, colisão essa que lhe terá provocado a morte.
Ao que o JN conseguiu apurar, não existirão indícios de crime, prosseguindo, contudo, o Núcleo Criminal de Acidentes da GNR investigações, no sentido de determinar as causas do sinistro.
Segundo a GNR, o acidente ter-se-á verificado por volta das 20.30 horas, numa altura em que Adelino Cunha regressava a casa, debaixo de forte chuva e intenso nevoeiro.

Para aquela força de segurança, o mau tempo que se fazia sentir poderá ter estado na origem do despiste da moto onde seguia Adelino Cunha.
Ao local acorreram os "Voluntários" de Arcos de Valdevez, tendo a vítima sido, então, conduzida ao gabinete de Medicina Legal de Viana do Castelo, para realização de autópsia.
Segundo vizinhos, Adelino Cunha desenvolvia, há muito, a actividade de vigilante do Parque Nacional, mormente, durante o Verão, no posto de vigia situado em Cabana Maior, no concelho. 
O corpo, que esteve em câmara ardente no centro paroquial do Soajo, sairá, hoje, às 10 horas, para a igreja paroquial da freguesia. Finda a cerimónia, vai a sepultar para o cemitério de Vilar de Suente.

Alunos protestam em Barroselas

As péssimas condições da Escola Básica e Secundária de Barroselas, em Viana do Castelo, levaram a que os alunos boicotassem as aulas, ontem de manhã, depois de no dia anterior várias partes do estabelecimento de ensino ficaram inundadas devido à chuva que se fez sentir.


"Já não temos ginástica há vários dias e, ontem, quando íamos comer chovia dentro da cantina", disse João Araújo, aluno do 9º ano. "Se estivéssemos cá fora acho que era a mesma coisa", referiu por seu turno, Rúben Faria. "Lá dentro só mesmo de guarda chuva",  revelou ainda. O ginásio, a cantina, a sala de associação de estudantes foram partes da escola que "meteram água".
"Foi a terceira vez este ano", disse, Marlene Costa, presidente da Associação de Estudantes, mas esta foi a pior de todas. Cansados da situação, os alunos começaram a espalhar via SMS e pelo Facebook, a ideia de uma manifestação, que acabaria por ocorrer, ontem de manhã, inviabilizando as aulas. No entanto, a directora da escola "já tinha decretado que não teríamos aulas de tarde por não haver condições de servir o almoço", disse ainda a aluna.
O presidente da Associação de Pais, mostrou-se preocupado com a situação que impede o normal funcionamento das aulas. "Os exames nacionais vão chegar e ninguém vai ter isto em conta com este alunos", disse, garantindo que a hipótese de outros protestos mais duros "poderem vir a acontecer", caso nada seja feito.
A directora da escola, Rosa Cruz, garantiu que logo que assumiu o cargo, em 2007, alertou a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) para a situação "tendo mesmo sido enviado um documento acompanhado de fotografias. Em Outubro do ano passado foi enviada nova missiva, tendo a DREN referido que era final de ano lectivo e que não existia disponibilidade financeira. "Temos a garantia que as obras se irão realizar, não temos é indicação de quando elas se iniciarão".

Um morto em acidente na A28

Um morto é o resultado de uma colisão entre um ligeiro e um pesado, ocorrida hoje, terça-feira, à tarde, na ponte sobre o rio Lima da A28, em Viana do Castelo.

De acordo com as autoridades, o condutor do veículo ligeiro, de 53 anos e residente naquela cidade, não resistiu a graves ferimentos, vindo a falecer.
Ao que o JN conseguiu apurar, o veículo ligeiro despistou-se, nos acessos à ponte, e imobilizou-se no meio da via, vindo, então, a colidir com o veículo pesado. As causas do despiste permanecem desconhecidas, investigando a GNR o acidente.