Mentor da associação Jure Honores diz-se perseguido por recorrer à justiça europeia

O principal mentor associação jurídica Jure Honores, que vai ser julgado em Gaia por alegado envolvimento em burlas, disse hoje que está a ser perseguido por ter recorrido à Justiça europeia contra o Estado português.

“Estão a tentar abater-me. E todas as respostas estão num processo que intentei no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH)”, declarou Jacques Hudry, quando confrontado pela agência Lusa com as acusações pendentes para julgamento em Gaia. 


O processo no TEDH relaciona-se com terrenos à beira-mar, em Afife, cuja propriedade reclama e classificados ecológicos, onde diz ter descoberto que se fazem descargas de droga transportada por via marítima. 

Referindo-se ao processo de Gaia, Hudry afirmou que das 43 acusações iniciais feitas a si e à sua mulher, Manuela Reis, enquanto responsáveis da Jure Honores, restam duas, ambas de abuso de confiança. 

Uma delas reporta-se à intervenção da Jure Honores na intermediação de uma cobrança de 66 mil euros. Em vez de ficarem com dez por cento do montante cobrado, conforme tinha sido acordado por escrito, apoderaram-se de 52 mil euros, acusou o Ministério Público. 

Hudry assegurou que já há um acordo escrito com o credor, que vai ser explicado em tribunal, e referiu que ele próprio assume pessoalmente a dívida em questão. “Estamos a começar a pagar”, garantiu, manifestando a sua convicção na absolvição. 

Outro caso do mesmo processo igualmente por alegado abuso de confiança, mas de menor valor, terá lesado uma ex-funcionária da Misericórdia do Porto. 

Referindo-se às acusações de “usurpação de funções” e exercício de procuradoria ilícita, imputadas à Jure Honores pelo antigo bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice, Hudry assegurou que estas acusações foram arquivadas. 

“Estão a tentar destruir uma das mais importantes associações de Portugal com base em nada. Nós somos vítimas”, alegou.

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