A capital do Alto Minho, a cidade de Viana do Castelo, na questão das portagens nas ex-SCUT, acaba por ser a mais penalizada de todas.
Muito em breve, por maior que seja a hipocrisia do Secretário de Estado das Obras Públicas que garante que a localização das portagens vai ser negociada com as autarquias, ou da concessionária que não diz nada, remetendo para a tutela, ninguém tenha dúvidas que as obras em Outeiro e em Perre, respectivamente, no IC1/A28 e A27, são para colocar os pórticos de cobrança electrónica. Basta atender ao que está no terreno: uma valente sapata em betão nas bermas e umas sapatas menores no separador central, cortado em diferentes pontos, com os parafusos ao alto para receberem os postes.
Tudo o que se tem dito não passa de discurso para entreter até ao momento em que se vai apresentar o facto consumado e, à boa maneira indígena, não pode ser de outro que não seja – paga Zé.
Escusa também de vir o primeiro-ministro fazer aquele ar de coitadinho de quem até não queria as portagens, mas foi obrigado. Outra balela…
No caso em apreço, Viana do Castelo e o seu desenvolvimento ficam mesmo comprometidos.
Primeiro porque, mesmo antes do PEC, já o concelho tinha implantada uma portagem, a de Neiva, contra a promessa inicial que previa o distrito sem portagens.
Agora, as duas zonas industriais do concelho ficam entaladas entre portagens. A zona industrial de Lanheses e todo o esforço de investimento e captação de empresas está comprometido.
Ambas as plataformas, para terem acesso ao porto de mar através de estrada condigna, vão ter que pagar portagens.
Com esta decisão e a política que lhe está subjacente, o Governo dá a machadada final nas perspectivas de futuro do Alto Minho. Os nossos políticos, alegres e contentes, continuam a correr para Lisboa em busca de migalhas quando, por direito, deveriam exigir pão.
0 comentários:
Enviar um comentário