No passado mês de Janeiro, o executivo municipal decidiu por maioria, atribuir ao arquitecto Siza Vieira a medalha de honra da cidade de Viana do Castelo. Consta-se que a atribuição do galardão não terá sido pacífica. O jornal Público noticiou que a oposição camarária só votou a favor da proposta depois de os jornalistas terem sido convidados a sair da sessão. Aparentemente, sem a pressão da comunicação social, foi mais fácil para o Presidente da Câmara convencer a oposição de que aquela seria uma justa homenagem.
Os argumentos utilizados pelo executivo ficaram no segredo dos deuses, mas as dúvidas quanto à justiça da atribuição do título honorário são amplamente conhecidas. Afinal de contas, tudo o que o arquitecto fez pela nossa cidade foi projectar uma biblioteca, de beleza estética inquestionável mas que em termos funcionais nem sequer está isenta de críticas por parte dos seus utilizadores. Além do mais, a obra foi paga (não se sabe se com recibos verdes, ou não) e no fim, a única ligação que restou entre o famoso arquitecto e o município foram os prémios e a constante propaganda que os nossos responsáveis políticos lhe prestam.
Afinal de contas, não haverá nesta cidade gente que realmente merece reconhecimento pelo trabalho e dedicação que oferece a Viana do Castelo? Não existirão nos nossos bombeiros, na nossa polícia, nos nossos desportistas, nas nossas instituições de solidariedade, no nosso povo, gente digna de receber este título? Claro que eles não terão um lugar de destaque na imprensa nacional, mas quem acha que a nossa cidade precisa de se colar a figuras públicas para se promover só pode desconhecer tudo aquilo que temos para oferecer.
Não quero com isto dizer que o arquitecto Siza Vieira deva ser uma “persona non grata“ na nossa cidade. Muito pelo contrário. A sua obra é amplamente conhecida e as suas capacidades são elogiadas por todo o mundo. A questão fundamental é que para ele, ser cidadão honorário de Viana do Castelo é só mais um prémio, enquanto para muita gente, receber este galardão poderia significar um justo reconhecimento do seu trabalho e um estímulo fundamental na projecção do seu futuro.
Se acham que tudo isto é um disparate não há problema… Para o ano não se esqueçam da Picolé!
Os argumentos utilizados pelo executivo ficaram no segredo dos deuses, mas as dúvidas quanto à justiça da atribuição do título honorário são amplamente conhecidas. Afinal de contas, tudo o que o arquitecto fez pela nossa cidade foi projectar uma biblioteca, de beleza estética inquestionável mas que em termos funcionais nem sequer está isenta de críticas por parte dos seus utilizadores. Além do mais, a obra foi paga (não se sabe se com recibos verdes, ou não) e no fim, a única ligação que restou entre o famoso arquitecto e o município foram os prémios e a constante propaganda que os nossos responsáveis políticos lhe prestam.
Afinal de contas, não haverá nesta cidade gente que realmente merece reconhecimento pelo trabalho e dedicação que oferece a Viana do Castelo? Não existirão nos nossos bombeiros, na nossa polícia, nos nossos desportistas, nas nossas instituições de solidariedade, no nosso povo, gente digna de receber este título? Claro que eles não terão um lugar de destaque na imprensa nacional, mas quem acha que a nossa cidade precisa de se colar a figuras públicas para se promover só pode desconhecer tudo aquilo que temos para oferecer.
Não quero com isto dizer que o arquitecto Siza Vieira deva ser uma “persona non grata“ na nossa cidade. Muito pelo contrário. A sua obra é amplamente conhecida e as suas capacidades são elogiadas por todo o mundo. A questão fundamental é que para ele, ser cidadão honorário de Viana do Castelo é só mais um prémio, enquanto para muita gente, receber este galardão poderia significar um justo reconhecimento do seu trabalho e um estímulo fundamental na projecção do seu futuro.
Se acham que tudo isto é um disparate não há problema… Para o ano não se esqueçam da Picolé!
Bruno de Oliveira para Viana News
Viana do Castelo, 6 de Março de 2011
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